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Facilidade de montagem e uso, boa documentação online e offline, e a qualidade geral de impressão são algumas considerações que temos em mente quando pensamos num ideal de impressora 3D para quem está começando. Ou seja, pensamos em uma alternativa que seja adequada para produzir boas impressões e precise de um mínimo de ajuda para se familiarizar com o processo.
Depois de inúmeras horas imprimindo e ajustando uma grande variedade de impressoras de bancada, e ainda após um tanto de pesquisa profunda, buscas e debates entre a equipe editorial, nós finalmente finalizamos nossas recomendações para as melhores impressoras 3D para iniciantes no momento. Continue lendo para saber de todos os detalhes sobre as nossas três recomendações.
Tenha em conta que os preços aqui considerados são os fixados pelas fabricantes e não consideram taxas e encargos de transporte.
Para iniciar na impressão 3D, você vai certamente desejar uma máquina que seja razoavelmente acessível, que vá um pouco além do básico em termos de recursos de conforto e de sucesso de impressão, que tenha instruções claras, um processo de montagem simples (quando necessário), e — idealmente — uma comunidade grande e prestativa por trás da máquina para ajudar caso necessário.
A montagem de uma impressora 3D para iniciantes deixou de ser uma experiência resumida a uma caixa de peças e instruções complexas vindas comunidades online ou a máquinas semi-montadas com algumas etapas e instruções um tanto obtusas. Agora, finalmente, impressoras 3D chegam totalmente montadas, quase como um eletrodoméstico — e que são muito populares atualmente. Os melhores fabricantes possuem wikis detalhados que respondem à maioria das perguntas que podem surgir, mas uma comunidade online ativa também é algo valioso para ajudar os novatos a navegar nesse novo mundo com dicas de resolução de problemas e outros conselhos.
No geral, você vai desejar ter uma experiência tranquila com sua impressora 3D logo de cara, que permita a você imprimir sem muitas dificuldades. Tanto o hardware como o software desempenham um papel importante aqui: uma boa impressora 3D para iniciantes deve facilitar as atividades de calibração inicial e possuir uma interface funcional e intuitiva. São recursos ideais para iniciantes o sensoriamento eficaz com o bico que elimina os problemas das primeiras camadas e o amplo resfriamento de peças, combinados com um software que facilita o ajuste das velocidades de impressão e dos offsets.
As impressoras desta lista não garantem uma primeira experiência sem problema algum, especialmente se você estiver procurando a maneira mais barata de começar, mas se tivéssemos amigos ou familiares querendo começar com este hobby, estas são as máquinas que indicaríamos.
A A1 Mini da Bambu Lab foi quase que uma surpresa em seu lançamento. As primeiras impressoras da empresa abriram caminho para que uma enxurrada de máquinas estilo CoreXY entrassem no mercado e, por isso, a máquina de estilo antigo pareceu um retrocesso para alguns. A Bambu Lab claramente decidiu que queria uma verdadeira oferta econômica com a facilidade de uso pela qual a marca é conhecida, e conseguiu isso com a A1 Mini.
As guias lineares da A1 Mini a tornam pequena, com um espaço de construção de apenas 180 x 180 x 180 mm, mas se você excluir 76 mm dos modelos maiores da Bambu Lab, terá uma impressora 3D pequena com os recursos inteligentes da Bambu Lab por apenas USD $199. Isso significa ter uma máquina que se auto-calibra, recebe atualizações sem fio e faz autodiagnóstico de uma série de problemas antes de exibir um código de erro para que você consulte o extenso wiki da fabricante. Tudo isso sem deixar de ser uma máquina pequena e rápida que oferece uma qualidade impressionante em suas impressões.
A A1 Mini é, em uma palavra, simples. Isso só é possível graças ao repositório MakerWorld da empresa, que permite que seus usuários imprimam com apenas um clique — e faz isso sem G-code pré-compilado, que algumas pessoas mal-intencionadas poderiam usar para prejudicar os usuários. Os designers simplesmente fornecem os parâmetros de fatiamento para seus modelos, mas o fatiamento real ocorre na nuvem antes de ser baixado para sua máquina e começar o trabalho.
Compradores em potencial devem estar cientes de que ela não está tão refinada quanto as outras máquinas da empresa: nós achamos a tela um pouco lenta e encontramos alguns pequenos bugs na interface de usuário, bem como algumas palavras com erros ortográficos. São coisas que, em geral, não teríamos notado em máquinas de outros fabricantes, mas que nos surpreenderam em se tratando da Bambu Lab.
Esses detalhes são pequenos e valem a pena serem suportados pela economia e pela variedade de recursos de usabilidade que acompanham essa máquina. Uma câmera de alta qualidade para monitoramento remoto, um limpador de bico (reconhecidamente complicado) e, talvez o mais importante, um hotend que permite a troca de bicos sem ferramentas, tornando a troca de bicos de tamanhos diferentes para impressões rápidas ou detalhadas algo trivial. E, como se isso não bastasse, ela também é compatível com o AMS Lite da Bambu Lab: um sistema de alimentação de material automático que permite que usuários imprimam com até quatro materiais para obter impressões fantásticas com diferentes materiais — mas, infelizmente, não os flexíveis como TPU.
Em resumo, a Bambu Lab A1 Mini é a impressora 3D ideal para iniciantes e uma máquina que recomendamos a amigos que estão começando no hobby.
Se você estiver procurando um sistema sem frescuras para começar na impressão 3D pelo menor custo possível, essa é provavelmente a máquina que você quer. Por cerca de USD $180, você pode comprar uma boa impressora 3D para iniciantes da Kingroon: a KP3S 3.0. A Kingroon é um nome pouco notado na impressão 3D, mas suas impressoras 3D acessíveis e discretas com hardwares exclusivos se tornaram algo como uma favorita da comunidade.
A série KP3S é composta por sistemas com guias lineares e espaços de construção de 180 x 180 x 180 mm. Em geral, guias lineares são considerados mais confiáveis e duráveis do que as rodas de V-slot comuns, embora exijam mais manutenção na forma de lubrificação. Eles também podem ser bastante caros, e é por isso que é tão surpreendente vê-los em máquinas de preços baixos. No entanto, isso não significa que a manutenção seja particularmente exigente. Trata-se de um processo ocasional e fácil — mesmo para um iniciante — de manter um sistema de movimento de qualidade em bom estado de conservação.
Vale a pena observar que a KP3S 3.0 é a única impressora dessa lista que requer alguma montagem, vindo embalada com o eixo X e a base desmontadas e o fuso trapezoidal de avanço guardado em segurança em um tubo protetor. A montagem é simples, com instruções ilustradas que devem facilitar a montagem de uma impressora 3D para qualquer pessoa que nunca fez isso. Há algumas outras peculiaridades nessa impressora — maioria delas envolvendo os sensores de fim de curso — mas nada que não possa ser resolvido com alguns ajustes simples. Um grau de envolvimento e aprendizado que, em nossa opinião, vale bem o preço. Confira nossa análise da Kingroon KP3S 3.0 para ter todos os detalhes e uma ou duas soluções.
A série KP3S da Kingroon possui quatro modelos, sendo a KP3S 3.0 a mais acessível por cerca de USD $180. Ela traz guias lineares nos eixos X e Y, uma extrusora direta estilo Titan, e uma pequena tela touchscreen integrada à sua base. Durante nossos testes, a KP3S 3.0 gerou ótimos resultados de impressão com qualquer material que utilizamos. Infelizmente, ela também é a única KP3S com uma fonte de alimentação externa, o que pode torná-la incômoda se você quiser um sistema que possa ser facilmente retirado e guardado. Mas, se for para ficar em um só lugar, ela não ocupa muito espaço, com dimensões de estrutura de apenas 280 x 285 x 370 mm — e existem diversos projetos da comunidade para esconder a fonte de energia em uma base impressa em 3D.
Por falar em acessórios, uma das coisas de que mais gostamos da KP3S 3.0 é a variedade de upgrades disponíveis da própria Kingroon e da comunidade. Usuários podem facilmente aprimorar a extrusora direta inclusa para ser totalmente metálica com os dissipadores de aço inoxidável ou titânio da Kingroon — permitindo o uso de filamentos de alta temperatura — substituir a superfície de impressão magnética para melhorar a plataforma de impressão da máquina, ou até mesmo adicionar uma gravadora a laser de 1,6 W (embora recomendemos cautela ao usar um laser em um sistema não fechado como a série KP3S — é melhor evitar).
Trata-se de uma impressora confiável, disponível por um preço acessível e, com um hardware interessante, além de ser fácil de fazer upgrades e possuir uma comunidade entusiasmada em torno dela; e isso a torna uma excelente opção como primeira impressora 3D.
Se você conseguir aumentar um pouco seu orçamento e quiser a melhor experiência de impressora 3D para iniciantes, considere a Bambu Lab P1P. Por USD $499, ela não é barata comparada com as outras escolhas. Mas trata-se de um excelente sistema com recursos que você não encontrará em outras impressoras 3D para iniciantes — incluindo sua cinemática CoreXY.
A P1P possui um espaço de construção de 256 x 256 x 256 mm e uma extrusora direta de dupla engrenagem. Sua plataforma de impressão é de aço flexível magnético e texturizado, podendo ser retirada facilmente para remoção de impressões finalizadas e ainda inclui uma calha para depositar material de purga na parte traseira da impressora.
Um detalhe sobre essa calha de purga: ela é importante, pois a P1P é compatível com o sistema de automático de material da Bambu Lab (Automatic Material System, ou AMS), que possibilita o uso de até quatro materiais diferentes na mesma impressão. Esses sistemas podem ser combinados para oferecer incríveis 16 materiais. Cada AMS é um equipamento opcional que lhe custará USD $349, mas é uma ótima opção para o futuro se você ficar com inveja de todas as impressões multicoloridas que circulam por aí. Vale a pena observar que, se você quiser comprar o AMS de qualquer forma, o combo P1S de gabinete fechado com o AMS tem quase o mesmo preço da P1P e do AMS comprados individualmente.
Embora a P1P venha com um gabinete aberto, você pode, de forma exclusiva, customizá-la com uma série de painéis laterais decorativos, deixando a impressora com a sua cara ou ainda adicionando funcionalidade extras — como um painel de ferramentas.
A P1P apresenta rotinas de nivelamento automático de mesa e compensação de vibração, possibilitando a melhor vantagem da P1P: velocidades de impressão de mais de 500 mm/s (segundo a Bambu Lab).
O maior contra da P1P é sua tela extremamente antiga. No entanto, com a conectividade de rede e seu excelente software disponível tanto para dispositivos móveis quanto para computadores, não há muito do que se preocupar com a tela estilo anos 2000 que vem na máquina. Na verdade, se você tiver qualquer problema com a P1P, você pode abrir um chamado de suporte diretamente no seu aplicativo, poupando o trabalho de procurar pelo endereço de email de suporte ou ter que conversar com um chatbot.
Não é por acaso que a P1P também já tenha sido a nossa escolha para melhor impressora 3D abaixo de USD $1.000, superada apenas por sua irmã mais velha, embora um pouco mais cara, a P1S. Os recursos avançados e operação tranquila da P1P a tornam ideal tanto para iniciantes como para veteranos de impressão 3D.
Com as mudanças de mercado e das opções disponíveis, nós tivemos que reconsiderar o impacto que o preço tem para um maker ao escolher sua primeira impressora 3D. Ao fim, nós decidimos que uma lista das melhores impressoras 3D para iniciantes é mais eficaz por representar uma experiência simplificada com grande ênfase em máquinas de baixo custo para reduzir a barreira de entrada. Se dinheiro não for problema e você quiser o melhor do melhor, listas mais gerais podem lhe ser mais úteis.
Se é isso que você está procurando, as opções mais caras da Bambu Lab melhoram ainda mais a experiência de impressão da já excelente P1P. Por apenas USD $100 a mais, a Bambu Lab P1S, de gabinete fechado, amplia os recursos de impressão da P1P, oferecendo um desempenho confiável com materiais sensíveis à temperatura como o ABS, e a X1-Carbon (consideravelmente mais cara) traz uma interface de usuário com tela touchscreen muito melhorada, um melhor bico de aço endurecido e diversas outras melhorias na usabilidade.
Por outro lado, se a A1 Mini estiver próximo do que você está procurando mas for muito pequena, considere a Bambu Lab A1. Ela é um máquina Cartesiana-XZ que funciona tão bem quanto esperamos de uma Bambu Lab. Por aproximadamente USD $340, ela se posiciona em uma faixa de preço entre a A1 Mini e a P1P, o que a torna ideal para atender às preferências pessoais em relação a custo e tamanho. E, se a impressão multi-material for algo que você deseja, o combo da máquina com o AMS Lite custa apenas USD $10 a menos do que a P1P sozinha.
A nova Ender 3 V3 SE foi uma verdadeira candidata à nossa “melhor escolha”. Por apenas USD $169, a impressora de plataforma fixa, nivelamento e deslocamento automáticos e dois motores de eixo Z é uma máquina acessível com os recursos modernos mais essenciais. A Creality também está fazendo progressos em seus esforços para criar uma experiência de impressão perfeita com a Creality Print e a Creality Cloud, algo que a V3 SE não consegue utilizar graças à falta de Wi-Fi e Ethernet. Nós também tivemos alguns problemas estranhos com o nivelamento da V3 SE, que nos forçaram a redefinir a impressora para a configuração de fábrica para que fosse resolvido. No entanto, por ser uma Ender 3, a máquina necessita de mais ajustes e se beneficia de uma enorme variedade de dicas e modificações disponíveis online, embora nem todas se apliquem a esse modelo. Vale a pena considerá-la em vez dos modelos da Bambu estilo eletrodoméstico se você quiser botar as mãos na massa modificando a sua impressora.
Nós tivemos que considerar a nova Original Prusa MK4 ao escrever essa lista. Não há comparação com a documentação detalhada da Prusa, e seu novo Nextruder cria primeiras camadas perfeitas de forma consistente — eliminando um dos obstáculos mais acentuados das impressoras em desenvolvimento. Embora o processo seja complexo, a MK4 também é uma das únicas impressoras 3D modernas disponíveis em forma de kit de verdade, em que os usuários constroem sua impressora 3D a partir de uma caixa de peças. Não há melhor forma de ter um conhecimento profundo do funcionamento de uma impressora 3D do que montá-la você mesmo — e você economizará USD $300 do preço da MK4 já montada. Infelizmente, a MK4 ainda é muito cara, custando USD $1.099 (montada), e chega em um momento em que as impressoras plataforma móvel estão saindo de moda. Ela ainda é uma opção robusta, mas a decisão de manter um pé no passado, embora seja algo bom para alguns, faz com que ela seja excluída de muitas listas — incluindo esta.
A Prusa também oferece a Original Prusa Mini+, uma impressora 3D estilo clássico a um preço mais baixo. Embora seja um pouco antigo, o sistema ainda recebe atualizações para novos recursos, sendo que recentemente obteve recursos de input shaping, permitindo uma impressão muito mais rápida. Ela vem com o excelente suporte e documentação da Prusa, produz impressões incríveis, e é muito fácil de usar. No entanto, dentre seu sistema de extrusão Bowden e seu preço de USD $429 na opção de kit, ela deixa um pouco a desejar para os padrões atuais.
Nossa antiga “melhor escolha”, a Sovol SV06, é basicamente uma Prusa MK3S+ original por um preço de USD $199. Assim, ela se beneficia de grande parte do conhecimento acumulado do sistema no qual ela se baseia — uma das impressoras 3D mais populares que já existiram — e recebeu muitos elogios por si só. Mas, assim como o sistema em que se baseia, ela foi superada em simplicidade e recursos extras pelo preço.
Se há algo que aprendemos ao analisar tantas impressoras 3D é que manter um amplo esquema de análises comparativas para impressoras 3D não é ideal para se ter uma noção de como é usar e conviver com uma impressora 3D. Confrontar impressoras pré-montadas de hobistas nas categorias abaixo dos USD $200 com máquinas de produção de USD $ 6.000 projetadas para lidar com materiais de nível de engenharia não vai lhe dizer que a primeira é muito fácil de configurar enquanto a última é uma confusão de atualizações de fimware, sistemas bugados e desempenhos não confiáveis.
Queremos que nossas análises sigam direto ao assunto. Como é utilizar uma impressora 3D? Quais são suas características únicas? Como elas se comparam? E mais importante, vale a pena? Não queremos simplesmente trazer números fora de contexto ou ficar presos a questões afetadas por variáveis que não podemos controlar.
Nossas análises consideram um pretenso usuário final de uma impressora 3D. Nós imaginamos o que ele deve fazer com ela e focamos os testes para verificar isso. Assim, se tivermos em mãos uma impressora de grande porte, por exemplo, nós vamos imprimir – adivinhe – peças grandes que ocupem toda a plataforma de impressão e verificar o desempenho nos limites do eixo Z.
Outros pontos que consideramos caracterizar as melhores impressoras 3D incluem a facilidade de uso, software de suporte e opções para solução de problemas. Se algo der errado, o quão fácil é consertar a máquina? A documentação ou o suporte ao cliente fornecem informações adequadas?
Nós nos esforçamos por responder a todas essas perguntas, e a muitas mais, em nossa busca pela melhor impressora 3D para você.
Confiança é importante para a All3DP, e por isso nossa política de análises é estrita. O acesso a produtos de análise pode ocorrer de duas formas: solicitando uma unidade de empréstimo ou comprando uma nós mesmos.
Se um fabricante não recuperar a unidade após a análise, ela é doada para uma causa local ou armazenada em um depósito para descarte responsável posteriormente. As máquinas compradas pela All3DP permanecem no escritório para uso da equipe, ou são doadas e descartadas da maneira descrita acima.
Fabricantes ou benfeitores que doam unidades para análise não têm nenhuma influência nos resultados ou no conteúdo das análises que produzimos. O primeiro acesso que eles têm à análise ocorre quando nós a publicamos para os nossos leitores. Da melhor maneira possível, investigaremos problemas junto com o fabricante, de modo a contextualizar ou obter informações sobre a sua percepção do problema, além de qualquer roteiro para correções que possamos especificar para você, o leitor.
Para fornecer conteúdo sem custo a leitores, nós monetizamos nosso conteúdo de algumas formas diferentes. Elas incluem links afiliados de produtos. Nós podemos receber uma pequena comissão de uma loja se você clicar em um link e fizer uma compra. Para mais detalhes sobre isso, nós temos uma seção de publicidade e atividades comerciais em nossos termos de uso.
Para a maioria das pessoas, a impressora 3D que ocupa o destaque das nossas recomendações trabalha muito bem. O fato de ela ser multifuncional é uma das razões pelas quais nós a escolhemos.
No entanto, diante do fato de que não há uma solução única para todas as necessidades da impressão 3D doméstica, estamos aqui para ajudar. Aqui estão algumas dicas para orientar você neste mundo intenso, mas fantástico. (Para conhecer um pouco da terminologia, apresentamos no final deste artigo um prático glossário de termos.)
Muitas impressoras 3D sinalizadas para “iniciantes” ou para crianças se esforçam tanto para mimar os seus usuários, mas acabam rapidamente por se tornar experiências claustrofóbicas. Você irá encontrar mais limitações do que possibilidades à medida que a sua experiência for aumentando. Se você não estiver preparado para os recursos específicos oferecidos por uma impressora 3D particularmente voltada para iniciantes, então recomendamos como alternativa uma das econômicas. Você irá economizar algum dinheiro e a oportunidade de aprender na prática será muito maior. E, se alguma coisa der errado, há grandes comunidades on-line para cada impressora, que já documentaram todas as perguntas e respostas possíveis e imagináveis.
Embora a qualidade geral das impressoras 3D baratas tenha melhorado drasticamente nos últimos anos, o nível de controle de qualidade às vezes pode faltar. Os fabricantes com grandes bases de usuários (como a Creality e a Anycubic) estão se adaptado para atender às demandas dos seus novos fãs, incluindo um melhor serviço de suporte ao cliente. Além disso, os proprietários dessas máquinas também contribuem com uma vasta base de conhecimentos on-line. Já não há qualquer segredo para a resolução de problemas em impressoras 3D baratas.
Poucas publicações vão tão a fundo quanto nós no uso das impressoras do dia. Não temos qualquer obrigação com fabricantes para embelezar as nossas análises, sendo que a primeira vez que as empresas lêem este texto é exatamente na mesma ocasião que você. Se não conseguir encontrar a análise de alguma máquina sobre a qual você gostaria de saber mais, escreva para nós através do e-mail editors@all3dp.com
Uma impressora 3D para casa raramente é um investimento único. Além dos materiais de impressão que precisam ser continuamente adquiridos para realizar impressões, há ainda custos de manutenção de peças perecíveis da máquina – tais como bicos de impressão em uma impressora FDM ou o filme FEP em uma máquina MSLA. E, claro, algumas peças também podem se desgastar e quebrar, o que significa que é preciso considerar ainda a necessidade de substituição de peças, se o seu plano é continuar imprimindo a longo prazo. Impressoras com raízes no movimento RepRap e com designs open-source terão as suas peças mais fáceis de encontrar, com componentes disponíveis no mercado e parte daquilo que constitui a essência do seu design. Impressoras fechadas, destinadas a iniciantes, podem oferecer uma introdução mais gentil à impressão 3D, mas são potencialmente mais difíceis quando se trata de encontrar peças de reposição. Isso se você chegar a conseguir diagnosticar o problema.
A emoção de ter um novo hobby irá sustentar o interesse por algum tempo. Como a impressão 3D doméstica é a “desktopificação” de um processo que, de outra maneira, é complicado, esteja preparado para encontrar, mais cedo ou mais tarde, problemas com a sua impressora 3D — até mesmo um problema ocasional de atuação. Ter em mente uma meta para as suas impressões dá a você o propósito de aprender soluções para os problemas que surgirem e isso vai fazer com que você vá avançando. Por outro lado, imprimir simplesmente porque parece legal vai resultar em uma pequena montanha de bugigangas inúteis e, eventualmente, desinteresse, causando frustração e desperdício.
A grande maioria das impressoras 3D domésticas são máquinas de modelagem por deposição de extrusão simples, ou seja, têm um único material extrudado através de um único bico de impressão. Sendo suficientemente versátil para um vasto leque de aplicações através da compatibilidade de materiais, trata-se de uma máquina padrão para começar. Mas se você sabe que irá precisar imprimir objetos com geometrias desafiantes ou volumes semi-fechados, é possível que uma impressora de dupla extrusão torne a sua impressão muito mais fácil. Da mesma forma, objetos específicos, que precisam de materiais de diferentes propriedades, só serão conseguidos através de uma extrusão dupla. Para miniaturas de grande detalhe, uma impressora de resina será o caminho a seguir. Conheça as tecnologias para assim encontrar a que melhor atende às suas necessidades.
A tecnologia e o material que a sua impressora usa podem ocupar a área circundante de várias maneiras. As impressoras 3D FDM normalmente podem variar muito em tamanho, a dispersão é pequena, com algumas emissões de filamento derretido pelo ar, tornando desaconselhável que você se aproxime muito quando ela está em funcionamento. Dependendo dos modelos que você imprimir, a limpeza será pequena e relativamente fácil de administrar.
A impressão 3D em resina, por outro lado, é dramaticamente diferente e conta com demandas únicas, que devem ser tidas em conta antes de você fazer um investimento. A resina produz, em vários graus, mau cheiro. Às vezes é nocivo, sendo altamente tóxico para o ambiente e prejudicial quando em contato prolongado com a pele. Ela requer estações dedicadas para a limpeza e equipamento pessoal de proteção. Você tipicamente irá precisar de isopropanol de, no mínimo, 95% para limpar as impressões, dissolvendo resina não-curada das superfícies.
Todas as impressoras deveriam ser operadas em espaços bem ventilados, mas isto se aplica em dobro às impressoras 3D de resina.
Embora muitas excelentes impressoras 3D tenham tido a sua grande estreia no Kickstarter, permanece a questão inevitável de que a plataforma não é, a rigor, uma loja. Você não está comprando uma impressora quando investe dinheiro em uma campanha no Kickstarter; você está apoiando uma visão. Isso significa colocar dinheiro no cofre de uma empresa ou pessoa para tentar conseguir atingir algum fim.
Se um projeto é mal gerido e o dinheiro desaparece, você não recebe nada em troca. Muitas vezes, o que se recebe é a versão beta do produto. Você está pagando pelo acesso antecipado e por todos os problemas que acompanham o produto nos estágios de lançamento.
Cada vez mais vemos empresas de renome recorrendo ao Kickstarter para lançar seus novos produtos — é uma forma segura de avaliar a demanda e despertar algum interesse com a pressão gerada por uma contagem regressiva para o lançamento. Apesar de as empresas serem capazes de lançar seus produtos sozinhas, elas vão atrás dos usuários com a promessa de novas tecnologias. Não seja esse usuário, a menos que você precise ser absolutamente das primeiras pessoas a usar um produto e tenha dinheiro que possa perder nisso.
Não achamos que valha a pena correr esse risco, mas se você se interessa em novas tecnologias, se informe sobre novas campanhas em nossa cobertura de notícias. Você nunca verá uma impressora 3D do Kickstarter em nossos guias de compras, a menos que a campanha já tenha sido concluída e a impressora esteja disponível no mercado com todas as proteções que acompanham a compra em uma loja.
Mas onde está a Ultimaker? E a Formlabs? E o que dizer da Raise3D? Impressora 3D para metais?
Anteriormente listávamos as melhores impressoras 3D profissionais juntamente com as máquinas que consideramos ser para hobistas ou consumidores finais (que são as impressoras 3D nas quais mais nos focamos). Uma comparação entre maçãs e laranjas, admitimos.
Cientes dessa imprecisão, decidimos realizar uma nova divisão. O artigo que você acaba de ler se centra mais nas máquinas que você pode querer usar em casa, enquanto as impressoras mais voltadas para uso comercial encontraram seu lugar em nossa recente seção comercial. Assim, recomendamos que comece pela nossa lista de melhores impressoras para uso empresarial. Para um panorama geral do mercado de impressoras 3D para uso empresarial, dê uma olhada em nossa seção All3DP Pro.
Escolher a melhor impressora 3D é complicado, ainda mais porque a terminologia de impressão 3D é densa. Aqui estão alguns termos que precisam ser entendidos, suas explicações, e links úteis para ajudá-lo a dominar a impressão 3D.
FDM: modelagem por deposição de material fundido, também conhecido como FDM, é um processo de impressão 3D que faz a extrusão de material termoplástico aquecido através de um bico móvel de modo a construir um objeto camada por camada. FDM é uma marca registrada, o que fez o movimento open-source RepRap cunhar o termo alternativo “Fabricação por Filamento Fundido” (FFF), embora ambos os termos sejam intercambiáveis.
Filamento: filamento é o material de base usado para imprimir objetos através da tecnologia FDM. O filamento geralmente é um termoplástico sólido que é alimentado em uma cabeça de impressão, aquecido até o seu ponto de fusão, e extrudado através de um pequeno bico. Filamento está comumente disponibilizado em rolos e vem em diâmetros de 1,75 mm e de 2,85 mm – dimensões essas que definem as impressoras que podem utilizá-los.
G-Code: G-code é a linguagem de máquina utilizada para instruir ferramentas computadorizadas como as impressoras 3D. Dando coordenadas e instruções para cabeças de ferramenta e outras funções não relacionadas a movimento, ele é quase que exclusivamente gerado por programas de fatiamento. Ele contém toda uma biblioteca de comandos para controle de ações específicas, tais como movimento, velocidade, rotação, profundidade, e outros componentes como interruptores e sensores utilizados na operação de uma máquina. Você pode se familiarizar com G-code rapidamente com nosso guia de comandos G-code.
Mesa aquecida: trata-se de uma espécie de placa que é aquecida, de modo a não permitir que as poucas camadas de plástico extrudado se esfriem muito rapidamente, causando deformações na impressão. Uma mesa aquecida é essencial para se trabalhar com ABS ou PETG, mas não tanto com PLA.
Hotend: é o conjunto de componentes que aquece e derrete o plástico para deposição pelo bico.
Extrusora: utilizado por alguns para descrever todo o sistema de peças que empurra e derrete o filamento, embora ele também possa se referir especificamente ao motor e às engrenagens que agarram o filamento e o alimentam ao hotend. A forma como a extrusora está disposta pode ter reflexos na impressora 3D e nas suas capacidades. Há dois arranjos comuns: Bowden e direta. Trata-se de um assunto confuso, com termos de mesmo significado e explicações técnicas; nosso guia para extrusoras de impressoras 3D lhe dá o conhecimento para entender isso.
Bowden: um estilo de extrusora que tem o motor de extrusão posicionado longe do hotend – geralmente localizado no frame estrutural da impressora ou na ponta do conjunto do eixo X. Chamada de cabo Bowden e com o objetivo de permitir que um fio se mova livremente dentro de tubos bastante estreitos, a extrusora Bowden alimenta o filamento através de um tubo PTFE diretamente no hotend.
Extrusora direta: outro tipo de extrusora comum, a extrusora de acionamento direto (“Direct”) tem o motor de extrusão e o mecanismo de alimentação montados diretamente no hotend, com quase nenhuma distância entre a alimentação do filamento e a zona de fusão do hotend.
Dupla extrusão: algumas impressoras são equipadas com duas extrusoras/hotends, o que permite que elas incorporem múltiplas cores ou materiais no mesmo trabalho de impressão. Embora a atração principal seja a possibilidade de obter impressões decorativas em duas tonalidades, o real benefício dos sistemas de dupla extrusão é a combinação de materiais diferentes, podendo um deles ser um material de suporte com propriedade solúvel que permite a impressão de geometrias que, de outra forma, seriam impossíveis. É um tópico complexo, que vale a pena ser explorado em nosso guia de tudo o que você precisa saber sobre dupla extrusão.
PLA: Ácido polilático, também conhecido como PLA, é um termoplástico comumente utilizado como material para impressão 3D por impressoras FDM. Ele é fácil de se trabalhar e está disponível em várias cores e acabamentos. O PLA é um tanto quebradiço – logo não espere imprimir itens resistentes com ele – mas continua sendo popular para impressão de objetos decorativos graças ao seu baixo custo. Você pode saber mais sobre o PLA em nosso guia dedicado ao tema.
SLA: estereolitografia é uma tecnologia de impressão 3D que se enquadra dentro do processo de fotopolimerização em cuba. O termo é frequentemente (e incorretamente) utilizado para descrever todos os métodos de fotopolimerização em cuba – quando, na verdade, é uma tecnologia específica que utiliza um feixe de laser direcionado para traçar camadas em uma cuba com resina fotopolimérica líquida. Junto com SLA, existem outras tecnologias de fotopolimerização em cuba.
Resina: material usado em impressoras 3D de tecnologia SLA, DLP e MSLA (LCD). Sendo uma mistura de produtos químicos que inclui um fotoiniciador, a resina se solidifica sob luz ultravioleta. Altamente tóxica e difícil de limpar quando derramada, são necessários cuidado e atenção quando se trabalha com ela. Trata-se de um material com odor bastante desagradável, e os resíduos do mesmo devem ser descartados de acordo com as leis locais. O material preferido de impressão para peças com muitos detalhes intricados.
Impressora 3D LCD: um termo comum para impressoras 3D de resina que utilizam um LCD para mascarar camadas da luz UV. Trata-se do padrão em impressoras 3D de resina de baixo custo, pois a tecnologia é barata e amplamente utilizada. No entanto, os painéis de LCD são consumíveis, tendo os LCDs monocromáticos de 2022 uma vida útil de aproximadamente 2000 horas.
MSLA: estereolitografia por máscara digital (MSLA) é um termo cunhado pela Structo, mas popularizado pela Prusa Research. Basicamente, ele se refere às impressoras 3D LCD descritas acima.
Micron: um milésimo de milímetro. Trata-se de uma unidade tipicamente usada na impressão 3D para descrever a precisão, resolução ou acabamento da superfície.
Fatiador (Slicer): a impressão 3D funciona através da construção de um objeto camada por camada. Um fatiador é um programa que divide um modelo 3D em camadas planas e gera o código de máquina para a impressora construir essas camadas. O arquivo gerado por um fatiador de impressoras 3D FDM é geralmente um G-code, que fornece instruções e coordenadas para a impressora executar. Nossa explicação completa do quê exatamente é um fatiador deve lhe dar um bom conhecimento básico. Muitos fatiadores populares são gratuitos e open-source. Outros são proprietários e específicos para algumas máquinas. Trata-se de uma ferramenta essencial para uma impressão 3D bem sucedida.
STL: o STL é o formato de arquivo mais popular para impressão 3D. Desenvolvido pela 3D Systems nos anos 80, o formato STL contém apenas a geometria da superfície de um objeto 3D. Apesar dos esforços da indústria para migrar para formatos mais eficientes e capazes de carregar mais informações como no caso do 3mf, o STL continua sendo o formato de arquivo para modelos 3D mais encontrado em repositórios de arquivos. Nós explicamos isso em mais detalhes em nosso guia sobre o quê é exatamente o STL.
Open-source: termo dado a um produto, geralmente software mas também aplicável a hardware, que é livremente aberto à modificação e distribuição, de acordo com a necessidade, por parte de outras pessoas. Na impressão 3D, isso vai no sentido de que pessoas estejam livres para modificar, melhorar e compartilhar alterações feitas no produto base para que outros possam testar, iterar, e retribuir. Licenças open-source (também conhecidas como licenças de código aberto) regem o uso justo e correto dos projetos open-source, fornecendo termos e condições que garantem a liberdade de acesso à criação e a quaisquer dos seus derivados.
RepRap: é um projeto iniciado em 2005 pelo Dr. Adrian Bowyer, um professor de engenharia mecânica da Universidade de Bath. Ele foi criado para desenvolver um protótipo de replicação rápida, que seria uma máquina de baixo custo capaz de imprimir peças de reposição para si mesma ou para se criar novas máquinas. A grande maioria das impressoras 3D de bancada, tal como as conhecemos hoje, decorre do trabalho realizado pelo projeto RepRap. Nós temos uma fascinante página Wiki alternativa do RepRap sobre o assunto, se você quiser ir mais a fundo.
Licença: O texto "As melhores impressoras 3D para iniciantes", da All3DP, é licenciado pela licença Creative Commons Atribuição 4.0 Internacional (CC BY 4.0)
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